terça-feira, 18 de novembro de 2008

As imagens falam por si...

Floresta de luto...
RESPONSABILIZA-TE!









Floresta saudável...

ORGULHA-TE!



IMPACTOS DO FOGO NA VEGETAÇÃO

“As estatísticas dos incêndios em Portugal reflectem prejuízos económicos muito elevados resultantes da perda do coberto florestal, bem como danos ambientais associados à morte e fuga dos animais, à maior susceptibilidade do povoamento ardido a pragas e a um eventual aumento da erosão do solo. Aparentemente, o ecossistema fica mais pobre, devido ao desaparecimento de inúmeras espécies da fauna e flora, que dão lugar ao solo nu (…)

Ao nível da comunidade vegetal, os efeitos do fogo dependem da resposta individual das espécies à sua ocorrência e às relações competitivas entre estas. Verifica-se um efeito selectivo do fogo, que favorece a dominância de espécies com estruturas morfológicas ou mecanismos fisiológicos que garantam maior resistência à sua passagem e/ou posterior recolonização da estação. O fogo pode mesmo conduzir à extinção local de espécies endémicas de zonas frias (onde o fogo é pouco frequente), que crescem muito lentamente e sem estratégias eficientes de reprodução e colonização (GILL, 2002).


A capacidade de resistência das plantas ao fogo resulta da tolerância dos tecidos ao calor e/ou da sua elevada humidade foliar. Algumas espécies desenvolvem estruturas de protecção dos tecidos, como cascas resistentes ao fogo (na Pseudotsuga menziesii e Quercus suber), outras possuem gomos protectores, que lhes permitem reconstituir a copa danificada pelo fogo (Pinus ponderosa e Populus tremuloides).

A regeneração das plantas herbáceas após o fogo é assegurada por estruturas de reprodução vegetativa subterrâneas (como rizomas, tubérculos ou bolbos), ou por via seminal. As lenhosas podem regenerar apenas por semente (como as Cistáceas Cistus sp., de que a Esteva é um exemplo), ou preferencialmente por via vegetativa, a partir de rebentação de toiça ou raiz (como por exemplo o Medronheiro Arbutus unedo, a Aderno-de-folhas-largas Phillyrea latifolia e o Carrasco Quercus coccifera) (DE BANO et al., 1998).

Em resumo, as relações entre o fogo, as plantas e animais apresentam diferentes níveis de dependência, pelo que os efeitos do fogo variam numa gama entre o aumento e a redução da biovidersidade. O conhecimento destas relações é essencial para prever a recuperação do ecossistema após o fogo, não esquecendo que as comunidades naturais têm uma evolução dinâmica associada à interacção com o fogo, pelo que tendem para um equilíbrio florístico adequado à frequência de ocorrência deste fenómeno.”

Fonte: http://www.gforum.tv/board/1605/254746/o-fogo-e-biodiversidade.html, consultado em 18/11/2008

IMPACTOS DO FOGO NA FAUNA



“O desaparecimento do coberto vegetal e da folhada leva a alterações consideráveis ao nível dos habitats das diferentes espécies. Dada a estreita relação que existe entre os animais e a vegetação, o efeito do fogo é normalmente mais importante no primeiro ano, decrescendo à medida que o coberto vegetal vai recuperando. Ao contrário do que se possa pensar, os efeitos directos do fogo sobre os animais, são relativamente pouco importantes sobretudo no que diz respeito aos vertebrados. De todos os grupos de espécies, os impactes fazem-se sentir com maior importância na fauna que vive no solo e na manta morta da floresta (…)

A um outro nível, a criação de espaços abertos com vegetação rasteira pode beneficiar as aves que vivem na dependência da vegetação herbácea, como as perdizes ou as codornizes. Em relação aos mamíferos, os efeitos do fogo podem igualmente variar, dependendo bastante da intensidade do fogo e da área queimada. No entanto os efeitos podem ser benéficos se as áreas queimadas não forem consideráveis. É por exemplo comum a utilização de fogo controlado em pequenas manchas, como forma de melhorar as condições de habitat (…)

Em jeito de síntese, podemos referir que, de um modo geral, os efeitos dos incêndios ao nível dos ecossistemas são bastante importantes, dado constituírem uma brusca ruptura dos diversos ciclos e cadeias que deles fazem parte. Apesar do fogo ser parte integrante do ciclo natural das regiões mediterrânicas, a recuperação após um incêndio pode demorar muito tempo, sobretudo se os sistemas afectados são o resultado de muitos anos de evolução.”


Fonte: "Árvores e Florestas de Portugal - Proteger a Floresta (Incêndios, pragas e doenças)", coordenação editorial - Joaquim Sande Silva

IMPACTOS DO FOGO NA SOCIEDADE

Se é um cidadão sensato, leia este texto!


Com o alargamento das áreas urbanas para as áreas florestais, as populações ficaram mais vulneráveis a alguns fenómenos negativos originados pelos Incêndios Florestais.

Impacto na saúde Pública
· Contaminação de solos, águas e atmosfera
· Deterioração da paisagem e beleza estética
· Redução de espaços verdes para recreio e práticas desportivas
· Proliferação de pragas e doenças
· Ferimento ou morte de pessoas e de animais


Impacto na comunidade
· Danos nas propriedades
· Destruição de bens
· Deterioração dos processos produtivos
· Redução de postos de trabalho
· Estrangulamento ao desenvolvimento rural e comércio local
· Diminuição do turismo
· Perda de valores culturais e históricos
· Prejuízos a nível das infra-estruturas locais

Em Portugal verifica-se uma relação directa entre a sociedade e o fenómeno dos incêndios florestais, resultando grande parte desta relação em danos colaterais que se traduzem em prejuízos pessoais, sociais e financeiros.

A larga percentagem de "incêndiarismo " que está na origem da maioria dos incêndios florestais, traduz-se muitas vezes em actos, atitudes e actividades irreflectidas de uma sociedade um pouco á margem desta problemática cada vez mais alarmante.

A floresta é responsável pela qualidade da vida humana, chegou o momento da vida humana ser responsável por uma floresta saudável.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

APRESENTAÇÃO

Bruno Freitas 27 anos

Francisco Seabra 26 anos


Somos alunos do Curso de Especialização Tecnológica (CET) em Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI) na Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC).

Este blog surge no âmbito da disciplina de Técnicas de Informação e Comunicação (TIC) e tem como objectivo divulgar os possíveis IMPACTOS nefastos que o fogo tem na nossa floresta!

Esperemos que este blog desperte para a importância negativa de um fenómeno que tem consequências terríveis, a vários níveis, para o nosso país.